Por Maria Aparecida:  

 Sequência didática

                                                   TEXTO: MEU PRIMEIRO BEIJO.     

                                  AUTOR: ANTÔNIO BARRETO    

-Público Alvo: Todas as séries do Ensino Fundamental II

-Objetivo: Levar o aluno a ler de forma motivadora, compreender e interpretar o texto.

-Aulas: 10

Sequência de Atividades:

1ª aula: Leitura compartilhada com os alunos sobre o texto "Meu Primeiro Beijo";

2ª aula: Levantamento do vocabulário e uso do dicionário;

3ª aula: Conversar com os alunos sobre o primeiro beijo deles e qual a importância do beijo na vida do adolescente;

4ª aula: Localizar informações no texto sobre as reações que o beijo provoca no corpo;

5ª aula: Trabalhar com os professores de Ciências(os benefícios e malefícios do beijo), Educação Física(as calorias gastas no beijo) e Artes(temática "beijo" e a expressão corporal);

6ª aula: Estrutura do Gênero Textual e Pesquisar a biografia do autor socializando as informações com a turma;

7ª aula: Apresentação da pesquisa (aparelho de som, informática, vídeo e datashow);

8ª aula: Assistir o filme "O Primeiro Amor" e fazer um resenha em dupla sobre ele;

9ªaula: Releitura do texto através da produção escrita (relato, texto poético e ilustração com base na experência do aluno);

10ªaula: Avaliação Final.

 

O tempo certo

Parece que mesmo com algumas dificuldades na vida escolar com relação à leitura e escrita, com o amadurecimento da pessoa é possível que estas dificuldades sejam superadas, e aconteça o descobrimento do prazer em ler e escrever, já que não existe uma idade limite para essa atividade, só é necessário estar vivo.

Tive uma experiência um pouco frustante na minha 5ª série, hoje 6º ano, um professor de Português daqueles tradicionais,"obrigou" a sala a ler Iracema de José de Alencar, Iracema, uma da obras primas da nossa literatura, com todas as suas comparações  metáforas muito bem construídas, mas longe do universo de crianças de 10 e 11 anos. Se não fosse meu amor a leitura e a vontade conhecer sempre mais, talvez ali aparecesse um obstáculo difícil de ser superado, mas a vida mostrou um caminho diferente!

No começo foi difícil, porque como a maioria das crianças se prendem mais às imagens  do que nas letras . Por isso tive que ter auxílio e insistência dos professores,colegas e demais pessoas que viviam em minha volta dando forças para que eu jamais desistisse; dessa maneira consegui romper essa primeira fase.                 A princípio, pensei que essa fosse a parte mais difícil, me enganei, tendo que procurar novos meios para superar as outras situações que ainda estavam por descobrir, então me perguntei : -- Já me  desapeguei da porcentagem correta das imagens, como fazer agora para aprender a ler e escrever? Foi assim que nasceu a ideia de ler  e recopiar gibis, letras grandes de revistas, jornais e livros diversos; através dessa curiosidade, pude superar minhas dificuldades no âmbito leitura e escrita, tomando assim, gosto por essa área, de tal modo, que hoje procuro compartilhar com outras pessoas, não somente no meu meio social, mas também, como docente no momento presente,especialmente sem as formas represálias do passado, onde o aluno aprende bem mais por meio das novas estratégias de ensino 

Por Maria Aparecida

                                        Minhas experiências

Segundo Mário Quintana:" o livro traz a vantagem de podermos estar sozinhos e ao mesmo tempo acompanhados."

               Quando fui alfabetizada e comecei a ler, levava livros da escola para ler em casa. Esses livros eram sobre Monteiro Lobato. No Ensino Fundamental, gostava de ler poemas, poesias e também livros sobre deuses mitológicos.

              Já no Ensino Médio, lia clássicos da literatura selecionados pela professora, pois ela nos explicava o significado das diversas linguagens utilizadas nessas obras literárias, atribuindo a elas o devido valor. Até hoje leio, tentando buscar novas descobertas através da leitura.

              Eu escrevia páginas de diário, cartas, poemas, etc. Adorava escrever. A leitura nos fortalece, amplia nossos conhecimentos e ainda nos faz sonhar.

             É importante trabalhar a leitura em sala de aula. Faço isso com meus alunos do 6º ano do Ensino Fundamental e com os de 1º ano do Ensino Médio, pois através da leitura e compreensão, nossos alunos aos poucos vão tomando gosto pela leitura e adquirindo também conhecimento. 

            Só existe um jeito de escrever bem, ler muito. Textos variados, clássicos literários, obras variadas de escritores consagrados. Ler é adentrar a outros mundos possíveis, é viajar na história e assumir uma postura crítica em frente ao que de fato se diz e ao que se quer dizer.

A primeira vez ...

          Creio que o momento mais significativo e mágico de minha vida aconteceu quando descobri que já conseguia ler. Estava passeando de carro com minha mãe e de repente percebi que já conseguia ler os nomes dos prédios pelos quais passávamos. As letras, as sílabas, finalmente formavam palavras e tinham sentido. Um universo antes criptografado para mim estava agora se abrindo. Foi uma sensação tão intensa que passados quase meio século ainda consigo senti-la. Para mim este momento foi uma epifania, um divisor de águas.   São poucos os momentos que realmente marcam nossas vidas, a descoberta do amor, o nascimento de um filho e com certeza se descobrir como leitor. O importante é nunca esquecer o quanto eles foram marcantes.  

          Fui alfabetizado muito criança, em casa, por minha avó materna. Uma grande educadora e leitora que acabou sendo para mim mais do que minha mestra foi um modelo a ser seguido e copiado. O cantor Gilberto Gil numa entrevista recente também declarou que sua avó foi uma professora paradigmática porque o ensinou a ler e a escrever. Vejo como abençoados aqueles que propiciam aos outros a oportunidade de transpor os portões de um mundo sem palavras.

          Com o tempo me tornei um apaixonado por livros, na infância adorava o encarte Recreio da Folha de São Paulo e também do gibi da Mônica e do Cebolinha. Já na adolescência me apaixonei perdidamente por Conan Doyle e seu detetive Sherlock Holmes e também por Agatha Christie com seu detetive igualmente famoso Hercule Poirot, passava tardes inteiras lendo esses autores embaixo da sombra do pé de jabuticaba que tomava conta de nosso quintal. Se fechar bem os olhos ainda consigo sentir o cheiro das jabuticabas. Chegando perto da maioridade encontrei Machado de Assis e foi amor à primeira leitura. Hoje no limiar da maturidade não consigo imaginar uma vida sem que ela seja entremeada por histórias.

          Faço minhas as palavras de Marilena Chauí quando disse que o livro é um mundo porque cria mundos ou porque deseja subverter este nosso mundo. Ainda hoje prefiro viajar através dos livros em vez de fazer turismo pelo mundo afora. Machado de Assis declarava quase a mesma coisa quando dizia que não via necessidade de sair do Rio de Janeiro já que o mundo todo estava ao alcance de sua mão. Antônio Candido segue por esse mesmo caminho ao postular que as produções literárias, de todos os tipos e de todos os níveis, satisfazem necessidades básicas do ser humano, sobretudo através dessa incorporação que enriquece a nossa percepção e a nossa visão de mundo.

José Augusto Heeren

Apresentação

Bem vindos!

O porquê desse blog?!

   

A criação desse blog é resultado do esforço de alguns professores de Língua Portuguesa que   perceberam a necessidade de compartilhar com a comunidade escolar, amigos e com o público em geral que goste de ler e escrever, casos e coisas do português.

Na atualidade não se pode mais pensar o ensino de Português sem que esteja inserido no contexto da educomunicação. O universo da Web é a plataforma mais propícia para sociabilizar, discutir e agilizar as informações. Nossa proposta é que esse blog se torne um fórum e que as informações aqui trocadas e discutidas abram novos caminhos para a construção do conhecimento.

Nossa intenção:

   

Nesse espaço virtual pensamos em disponibilizar textos literários inéditos ou não, ensaios e artigos relacionados a língua portuguesa, trocar informações culturais,trabalhar o contexto do ensino da língua portuguesa.